quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Resumo

Do alto do Morro do Pai Inácio, a Chapada parece não ter fim! Um dos principais destinos de eco turismo do Brasil, são mais de 1500 km² de belezas exuberantes: grutas, cachoeiras, cânions...
Além dos cenários naturais encantadores, a estrutura é das mais preparadas para o turismo, sobretudo em Lençóis, a “capital da Chapada”, onde há bons hotéis e restaurantes. A cidade é a base para ir às outras seis localidades turísticas A cereja no bolo da Chapada é o queridinho dos aventureiros: o Vale do Paty, mais cênico trekking do país.

COMO CHEGAR
Para uma viagem de carro, a partir de Salvador ou da região Centro-Oeste do país, o melhor caminho até a região da Chapada Diamantina (no caso, Lençóis) é pela BR-242; partindo do Sul, desde Vitória da Conquista, pegue a BA-262 e depois a BA-142. 
A Azul (voeazul.com.br; 0800-887-1118) faz o voo Salvador-Lençóis apenas aos domingos (13h30, uma hora de duração). De ônibus, partindo da capital baiana, a Real Expresso faz o trajeto (0800-280-7325; todos os dias às 7h, 13h, 17h e 23h; 6h30 de viagem).

COMO CIRCULAR
Dentro de cada destino, dá para fazer tudo a pé. Para as trilhas, contrate guias nas agências ou nas associações. Para ir de uma localidade a outra: a BA-142 (a partir da BR-242) liga Lençóis a Andaraí, Mucugê e Ibicoara. Entre Andaraí e Mucugê, uma estradinha de pedras parte em direção a Igatu. A BR-242 leva a Palmeiras e, de lá, uma estrada de terra chega ao Vale do Capão. 
De ônibus, o trecho Lençóis-Palmeiras é feito pela Real Expresso (0800-280-7325; segunda a sábado, às 5h05, 13h05, 19h05 e 22h55; 50 minutos de viagem); de Palmeiras, lotações levam ao Vale do Capão. De Lençóis a Andaraí e Mucugê, quem leva é a Emtram (3331-1525; segunda a sábado, às 10h e 16h; uma hora de viagem até Andaraí, 1h40 até Mucugê).
Eu recomendo ir de carro para aproveitar melhor a viagem e não depender de ônibus. Assim você terá maior mobilidade e conforto!

ONDE FICAR
Lençóis possui a maior quantidade de hospedagens da Chapada e também as mais confortáveis. Os quartos com as melhores vistas estão nas pousadas do Vale do Capão. Nas demais localidades, a maioria dos hotéis é mais simples e com pouca estrutura.

ONDE COMER

Os principais estão em Lençóis. No O Bode é possível provar receitas da época do garimpo, servidas também no Dona Nena, em Mucugê. Destaque ainda para o pastel de palmito de jaca da Dona Dalva, no Vale do Capão, e para os sorvetes da Apollo, em Andaraí.
Pratos do garimpo Refeições calóricas, com frutas e legumes da região, faziam parte da dieta dos garimpeiros nos séculos 18 e 19. Há receitas com cortes e miúdos de bode, carne de sol e carne-seca, além do pirão de parida (galinha caipira com pirão do próprio caldo). Os acompanhamentos mais comuns são o purê de leite, o godó de banana (ensopado de banana-verde), o cortado de palma (um tipo de cacto) e o cortado de mamão verde ou de abóbora.
Godó de banana
É um ensopado feito com carne de sol e banana verde, que fica muito bem acompanhado com arroz, feijão, farofa e salada.
Farofa de garimpeiro
Feita com carne do sol frita, essa farofa é bem temperada, sequinha e prensada, como uma paçoca. Uma delícia inventada pelos garimpeiros que se embrenhavam nas matas e precisavam de um alimento que os sustentassem por horas e fosse conservada por dois a três dias.
Cortado de Palma
A palma é um tipo de cacto muito difundido no sertão nordestino, utilizada para a alimentação do gado e também humana, principalmente nas épocas de estiagem. Na Chapada Diamantina, ela acompanha pratos típicos, como o godó de banana, e é servida refogada e picada em pequenos cubos.
Mel Nativo
Um dos principais produtos da Chapada Diamantina é o mel orgânico. A Associação de Apicultura do Vale do Capão possui certificado para produção de orgânicos e foi premiada nacionalmente. O mel Flor Nativa, produzido pela associação, pode ser encontrado também em cidades como Salvador, São Paulo e Brasília. Informações: flor.nativa.blog.uol.com.br
Receitas de Jaca
O pastel de palmito é uma iguaria exclusiva do Vale do Capão e a primeira impressão antes de comer, geralmente, é de estranhamento, mas logo cai no gosto dos turistas. Outro prato que surpreende é a moqueca de jaca, que substitui o peixe e/ou o camarão pela fruta, mantendo os demais ingredientes da receita.
Cachaça
A Chapada Diamantina é produtora de uma das melhores cachaças do país. A bebida é exportada para diversos países e pode ser provada em bares e restaurantes da região. As principais marcas são a Cachaça Abaíra e a orgânica Serra das Almas. Em alguns lugares onde são produzidas, como em Abaíra e Rio de Contas, é possível visitar os alambiques na zona rural e conhecer a produção tradicional e artesanal da bebida. Informações: www.cachacaabaira.com
Café gourmet
A Chapada Diamantina possui uma produção reconhecida de café gourmet e especial, categorias da bebida e dos grãos considerados de alta qualidade. O motivo deve-se, principalmente, à altitude acima dos 1300 m, a maior do país para a produção de café, e ao clima ameno da região, ideal para o desenvolvimento da cultura. Já o município de Ibicoara, além do cultivo do produto de excelência, utiliza técnicas orgânicas que priorizam a preservação do meio ambiente.
SAIBA MAIS

É fundamental ter a companhia de um guia para a maioria dos passeios. A sinalização, nas estradas e trilhas, não costuma ajudar. Você pode contratá-los nas agências, como a Nas Alturas (informações pelo telefone (75) 3334-1054) e a Venturas e Aventuras (informações pelo telefone (75) 3334-1030), ambas com base em Lençóis, e a Pé no Mato (informações pelo telefone (75) 3344-1105), no Vale do Capão; ou nas Associações de Condutores de Visitantes (ACVs), com preços mais econômicos – nesse caso, não dá para pagar com cartão, os valores não incluem seguro e não há veículos para os traslados (é preciso usar carro próprio); as diárias para até quatro pessoas custam a partir de R$ 80.
Contatos das ACVs: Lençóis, (75) 3334-1435; Andaraí, (75) 8128-8441; Ibicoara, (77) 3413- 2048;Itaetê, (75) 3361-9001; Mucugê, (75) 8231- 1610; Vale do Capão, (75) 3344-1087. Pedir indicações nos hotéis e pousadas é sempre uma boa solução: em Andaraí, a Pousada Sincorá (75/3335-2210) organiza roteiros e indica condutores.
Por contata própria As atrações que você pode visitar sem contratar guia são: grutas TorrinhaPratinha e Lapa DoceCachoeira dos MosquitosPoço do DiaboRibeirão do Meio e Morro do Pai Inácio, em Lençóis; Poço AzulCachoeira Donana e Fazenda Marimbus, em Andaraí; Galeria Arte & MemóriaMina Brejo-VerrugaPonto do Amarildo e Trekking Igatu-Andaraí, em Igatu; Poço Encantado, em Itaetê; Cemitério BizantinoProjeto Sempre- Viva e Museu Vivo do Garimpo, em Mucugê; cachoeiras da Fumaça e do Riachinho e Poço das Cobras, no Vale do Capão. Muitas dessas atrações estão distantes das vilas – é preciso ter carro para chegar a elas.
Equilíbrio é tudo Intercale passeios desgastantes com outros mais leves, já que algumas atrações exigem caminhadas longas, em terrenos íngremes.
O que levar Botas ou tênis para trekking são indispensáveis. Na maioria das trilhas, é recomendado o uso de calça. Na mochila, leve água, frutas, chapéu (ou boné), repelente, protetor solar e blusa para proteger do vento. Entre novembro e janeiro, inclua uma capa de chuva.
É TUDO VERDADE
DICA: Leve dinheiro suficiente para toda a estadia na Chapada. Boa parte dos lugares não aceita cartões e os que aceitam muitas vezes ficam sem sinal – afinal, estamos entre montanhas, chapadões. Só há uma agência bancária em toda a região: do Banco do Brasil, em Lençóis.
QUANDO IR

De dezembro a fevereiro as diárias sobem e as trilhas lotam – e as cachoeiras estão com maior volume de água. De junho a agosto, o clima é seco (tome muita água). Junho também é o mês da festa de São João e, em outubro, ocorre o Festival de Lençóis.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Pratinha e Gruta Azul

Como chegar: Seguindo aproximadamente 20 Km pela BR-242 após passar pelo Morro do Pai Inácio, pega-se a BA-122 por 14 Km até um cruzamento com estrada de terra. Placas indicam a Gruta da Lapa Doce à esquerda da rodovia e a Pratinha à direita. 

Gruta da Pratinha e Gruta Azul.
A gruta da Pratinha fica localizada na fazenda que recebe este mesmo nome perto do município de Iraquara, local famoso da Chapada Diamantina por abrigar belas cavernas. A Pratinha tem as águas mais claras do mundo e fica escondida sob as raízes aéreas de uma árvore da fazenda. Na mesma propriedade fica a Gruta Azul um lago translúcido que ganha tons azulados entre 14h e 15h (de abril a setembro), quando um feixe de sol invade uma abertura na rocha. A refração permite visualizar o fundo da caverna, que chega a 70 metros. Por conta da profundidade, é fechada para mergulho e flutuação.

A Gruta da Pratinha está ligada ao Rio Pratinha que tem uma tonalidade exuberante. A grande concentração de calcário no fundo do rio torna a água com uma mistura de cores entre verde, azul e prata. A piscina natural da Gruta da Pratinha é perfeita para mergulhar e o visitante recebe máscara de mergulho ao entrar na caverna. A beleza da cor da água da piscina natural contrata com a escuridão da caverna. A Gruta da Pratinha está ligada a Gruta Azul.


(OBS: fotos da internet)

Valores: R$ 20 por pessoa para entrar. Área com boa infraestrutura: banheiros limpos, restaurantes, lanchonete e guias para orientar sobre conservação e detalhes geográficos de ambas as atrações, assim como oferecer a descida de tirolesa no Lago da Pratinha (R$ 10), aluguel de caiaques (R$ 10/hora) e a flutuação para observar o interior da Gruta da Pratinha (R$ 20/meia hora), já que não é permitido pisar lá para não alterar as condições do solo.

VIDEO:



sábado, 22 de novembro de 2014

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Chapada Diamantina - como chegar

Para chegar a Chapada Diamantina:



1) via aérea: A Azul (0800-884-4040 / http://www.voeazul.com.br/) tem três vôos regulares semanais para a cidade de Lençóis: as terças, quintas e domingos. O vôo de Salvador para Lençóis dura cerca de 45 minutos e o Aeroporto de Lençóis (Aeroporto Coronel Horácio de Matos) fica no distrito Coronel Otaviano Alves (BR-242) localizado a 20 quilômetros de Lençóis. Para se deslocar do aeroporto até o centro de Lençóis contrate o Transfer Receptivo Privativo, que estará à sua espera no Aeroporto na sua chegada.

2) via terrestre: Quem vai viajar de ônibus, da Rodoviária de Salvador tem a saída, diariamente com destino a Lençóis, onde encontram-se o município de Palmeiras e Vale do Capão, municípios de Andaraí e Mucugê. Rio de Contas (ao sul da Chapada Diamantina). Da capital do país, Brasília,  viagem até Seabra, situada a 70 quilômetros de Lençóis. Já de São Paulo para Seabra, de onde existe linha para Lençóis. Minha esposa fez essa viagem (Setembro de 2014) de ônibus saindo de São Paulo, pela empresa Emtram. A viagem durou 31 horas, com atraso de apenas 1 hora. Viagem super tranquila, ônibus novo com ar condicionado. Valor aproximado da passagem São Paulo - Seabra: 200 reais. Saída do Terminal Tiête em São Paulo. Saindo daqui de São Paulo não existe a opção de ônibus leito.




sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Fim de viagem

E chega ao fim minha primeira viagem a Chapada Diamantina.
30 dias - 5561 KM percorridos de carro, muitos litros de gasolina e muitas histórias na bagagem.



A viagem de volta também foi dividida em 2 etapas!
Primeira etapa de Brumado - Bahia a Buenópolis (Buenópolis é um município brasileiro do estado de Minas Gerais, situado em seu centro-norte, em uma região conhecida como área dos grandes sertões popularizada pelo escritor Guimarães Rosa). E segunda etapa de Buenópolis - MG até São Paulo Capital.
A cidade de Buenópolis tem muitas pousadas, hotéis... parece ser uma cidade dormitório para os viajantes. Ficamos em um hotel com excelente custo benefício: http://www.aguasdaserraresorthotel.com.br/






CONCLUSÃO:

Essa foi a minha primeira vez na Chapada Diamantina (minha esposa - enquanto escrevo esse artigo aqui em SP, ela está lá na Chapada pela oitava ou nona vez!).
A Chapada é encantadora, impossível não gostar de um lugar mágico, belo, com paisagens de tirar o fôlego e lugar de pessoas tão amáveis!
Com certeza voltarei muito mais vezes, afinal de contas como havia dito: estadia no meu caso não será problema, meu sogro tem casa por lá.
Em 30 dias foram até poucos lugares visitados, mas levando em consideração dois aspectos (filho de 5 anos e parentes locais) creio que soubemos dividir bem nosso tempo por lá!
Não é fácil viajar mais de 5 mil quilômetros com uma criança de 5 anos, mesmo meu filho sendo muito bonzinho e tendo distração no carro. E muitos (se não 98%) dos atrativos da Chapada não são feitos para crianças.
Espero que tenham gostado do meu primeiro relato sobre a Chapada.
Qualquer dúvida, crítica, sugestão ou elogio, por favor, faça aqui nos comentários!
Obrigado a todos, e se Deus quiser até breve, quando escreverei sobre minha segunda viagem a essa terra de encantos!